Comentando minhas leituras
A ideia desta coluna de resenhas é falar das minhas leituras semanais. Não falarei sobre lançamentos (volumes #01 e volumes únicos, pois já tem matérias específicas para esses casos) e sim apenas obras regulares que estou acompanhando ou alguma releitura eventual que aconteça.
Assim eu posso falar com vocês um pouco mais sobre algumas obras, re-indicar elas, dentre outras coisas. Por fim, esta matéria não será aprofundada e sim apenas comentários gerais sobre as obras, o que estou gostando, imaginando e assim por diante. Dito isso, vamos à postagem,a sétimadesta coluna^^:
Diários de uma Apotecária #06: muita coisa aconteceu nesse volume, com muitas revelações de coisas totalmente desconexas (ou que pareciam desconexas) e que parecem se juntar umas às outras. Só posso dizer que é brilhante. Natsu Hyuuga parece ser uma pessoa bastante versada na criação de narrativas e está fazendo (ou parece estar fazendo) algo fenomenal com essa historia.
Gostei bastante mesmo de como a história familiar da Maomao, juntamente com os diversos casos em que ela desvendou até hoje, parecem estar todos interligados. Não que uma coisa ou outra já não desse para ver nos volumes anteriores, mas neste sexto número meio que tudo se ajuntou, de uma forma ou de outra, explicita ou implicitamente.
Esse é um tipo de narrativa que muito me agrada, pois causa inúmeras surpresas positivas, mostrando que as coisas que estão sendo contadas não são em vão, não são inúteis para a narrativa.
E, é claro, a Maomao é sempre uma personagem agradabilíssima de ver, então quanto mais Maomao melhor.
“Diários de uma Apotecária” ainda está em andamento no Japão, atualmente com 13 volumes publicados e com o 14 previsto para setembro. No Brasil, saíram 6 até agora e há pré-venda aberta dos volumes #07 e #08.
Flying Witch #06: nesse volume tivemos a aparição de uma nova bruxa e mais diversos acontecimentos aconchegantes com Makoto, sua família e amigos.
Não há muito o que se comentar sobre Flying Witch a não ser o quanto é bom ver, a cada novo volume, uma história de vida cotidiana das mais simples, e como é legal acompanhar o dia a dia dos personagens.
Nesse volume em específico o que mais gostei foi uma maior participação dos gatos familiares, que tiveram um capítulo inteiro para eles e com um bom toque de humor. No aguardo do sétimo volume.
“Flying Witch” ainda está em andamento no Japão, atualmente com 13 volumes publicados. No Brasil saíram 6 até o momento.
Zom 100 #06: os motivos que me levaram a acompanhar Zom 100 são bem diferentes do que me fazem ainda ler o mangá. O primeiro volume tinha toda uma crítica bem construída à sociedade e ao capitalismo, mas isso é algo que não se manteve nos volumes seguintes.
Zom 100 ainda tem suas críticas a determinadas coisas (comportamentos de pessoas, por exemplo), mas o todo da obra é um mangá de ação com comédia.
Então, ele não é um título para vermos críticas bem pensadas e construídas, não é um título para nos fazer raciocinar sobre a sociedade. Ele é um mangá para a gente se divertir, igual qualquer filme de ação convencional, com algumas reviravoltas vindas do nada (o famoso deus ex machina), feitas apenas para salvar os protagonistas em momentos complicados.
Nesse sentido, esse sexto volume foi espetacular, pois teve de tudo, até mesmo uma cena de humor impagável que nem podemos mencionar para não tirar a surpresa de quem não leu.
No mais aqui termina um arco, com novos direcionamentos da série, e pode ser um bom ponto de parada. Não sei se vou continuar a acompanhar os próximos volumes, mas já está decidido que não irei comprar no lançamento.
“Zom 100” ainda está em publicação no Japão, atualmente com 17 volumes lançados. No Brasil saíram 6 até o momento.
My Home Hero #02: essa é uma obra de investigação e suspense das boas. Eu adorei o primeiro volume, e esse segundo conseguiu ser melhor, com mais cenas impactantes, com um melhor desenvolvimento e com uma trama que parece se expandir para mais e mais.
Toda a história do protagonista buscando se proteger da Yakuza após ter matado um de seus membros é muito intrigante, pois meio que todo um cerco foi se fechado desde o primeiro momento e essa aflição passa para o leitor, com a gente imaginando os desdobramentos de cada ação.
Ele é um mangá que está sendo muito bem construído nesses volumes iniciais, com uma boa dose de ação e detalhes de investigação e suspense sendo bem colocados e desenvolvidos. No aguardo do terceiro volume.
“My Home Hero” recentemente foi concluído na publicação da revista no Japão e deve ser encerrado em 26 volumes no total. No Brasil, saíram dois até o momento. A editora já divulgou a capa do terceiro número, mas ele ainda não entrou em pré-venda.
Chainsaw Man #16: a crescente na história continua, com mais uma vez Denji sendo constantemente alvo de um grupo ou de outro e fazendo com que ele vá de lugar em lugar em busca de “se encontrar” ou de encontrar um modo de vida que seja bom para ele e para os outros.
A história, na verdade, continua sendo bem confusa, quase numa aleatoriedade, mas é nessa suposta confusão e suposta aleatoriedade que vemos o brilho do título, mostrando o Denji como ele é, um adolescente, super confuso, deprimido e que parece não se ajustar a um mundo em que ele pode não ser o centro, mas que constantemente é alçado a ser, mesmo que de maneira a suprir necessidades de outros.
Claro, tudo isso vem junto com o fato do protagonista ser ainda extremamente imaturo e juvenil e que acaba sendo levado pelos desejos a fazer coisas degradantes, que não gosta e que jamais faria.
Com base nessa mescla, eu acho que essa segunda parte de Chainsaw Man ainda falta alguma coisa, ainda falta um algo mais que una tudo, mas parece que estamos nos encaminhando para isso. No aguardo dos próximos volumes.
“Chainsaw Man” ainda está em publicação no Japão, atualmente com 18 volumes lançados. No Brasil, saíram 16 até o momento, e o 17º está em pré-venda para outubro.
Erros Divinos #03: mais um bom volume de Erros Divinos com diversas situações malucas acontecendo a cada capítulo (pessoas ficando invisíveis, uma contagem regressiva sem sentido, dentre outras coisas), mostrando uma criatividade excelente de Nio Nakatani.
No mais, porém, a gente não tem uma direção sobre o que vai acontecer nesse mangá. Nós temos algumas passagens envolvendo o Kon e sua situação especial, nós temos outras questionando a natureza dos fenômenos, mas nenhuma das duas coisas parece ir para alguma direção.
Assim, parece que essas coisas só são colocadas para dar uma movimentada na história e o que é bom de verdade, e o que devemos acompanhar de verdade, é o dia a dia das pessoas. Se for isso mesmo (o quarto volume será o último) é realmente bom que o mangá seja curto, pois senão cansaria demais. Se tiver um algo mais, descobriremos no próximo número^^.
“Erros Divinos” foi concluído no Japão em 4 volumes. No Brasil, saíram 3 números até agora e o último está previsto para este mês (embora seja possível que atrase).
Gokushufudou: Tatsu Imortal #09: nesse volume vemos uma “luta de insetos?”, uma “canção” numa cafeteria, aulas de como fazer seu “próprio gato”, dentre diversas outras coisas.
Cada volume de Gokushufudou é sempre bem divertido e hilariante com as situações que deveriam ser comuns, mas que se transformam em estranhas pelo fato de o protagonista ser um ex-yakuza.
Esse é outro mangá que não tem muito o que se comentar sobre, a não ser como é bom acompanhar as histórias de vida cotidiana (não tão) simples.
Lembrando que se trata de um mangá episódico, então ele é feito para ler aos poucos, não à toa estou atrasado em relação à publicação brasileira.
“Gokushufudou: Tatsu Imortal” ainda está em andamento no Japão, atualmente com 14 volumes lançados. No Brasil, saíram 12 até o momento e o 13º está previsto para agosto.
Tradutores dos mangás:
Cecilia Yuri Takahashi
- Flying Witch #06 (JBC)
Eliana Celestino
- Gokushufudou: Tatsu Imortal #09 (Panini)
Emili Maeda
- Erros Divinos #03 (Panini)
Felipe Monte
- Chainsaw Man #16 (Panini)
Jéssica Ilha
- Diários de uma Apotecária #06 (Panini)
Luis Libaneo
- My Home Hero #02 (JBC)
- Zom 100: Coisas para fazer antes de virar zumbi #06 (JBC)
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